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Movimento Wesleyano

John Wesley (Epworth, Inglaterra, 17 de junho de 1703 — Londres, 2 de março de 1791) foi um clérigo anglicano e teólogo cristão britânico, líder precursor do movimento metodista e, ao lado de William Booth, um dos dois maiores avivacionistas da Grã-Bretanha.

John Wesley viveu na Inglaterra do século XVIII, uma sociedade conturbada pela Revolução Industrial,
onde crescia muito o número de desempregados. A Inglaterra estava cheia de mendigos itinerantes, políticos corruptos, vícios e violência generalizada. O cristianismo, em todas as suas denominações, estava definhando. Ao invés de influenciar, o cristianismo estava sendo influenciado, de maneira alarmante, pela apatia religiosa e pela degeneração moral. Dentre aqueles que não se conformavam com esse estado paralisante da religião cristã, sobressaiu-se John Wesley. Primeiro, durante o tempo de estudante na Universidade de Oxford, depois como líder no meio do povo.

Um dos episódios que marcou o início do metodismo foi a viagem missionária de Jonh Wesley aos EUA - Virgínia para "evangelizar os índios" sendo praticamente fracassado. Em sua viagem de retorno Jonh Wesley expressa sua frustração "fui à América evangelizar os índios, mas quem me converterá?".

Durante uma tempestade na travessia do Oceano Atlântico, Wesley ficou profundamente impressionado com um grupo de morávios (grupo de cristãos pietistas que buscavam a conversão pessoal mediante o Espírito Santo) a bordo do navio que, durante uma grande tempestade, as crianças e os adultos moravios cantavam e louvavam ao nome do Senhor (Deus) e Wesley vendo a fé que tinham diante do risco da morte (o medo de morrer acompanhava Wesley por ele achar que, Deus não poderia o justifica-lo mediante seus pecados e por isso constantemente temia a morte desde sua juventude) predispôs à seguir a fé evangélica dos morávios. Retornou à Inglaterra em 1738.

No dia 24 de maio de 1738, na rua Aldersgate, em Londres, Wesley passou por uma experiência espiritual extraordinária, é assim narrada em seu diário:

"Cerca das oito e quinze, enquanto ouvia a preleção sobre a mudança que Deus opera no coração através da fé em Cristo, senti que meu coração ardia de maneira estranha. Senti que, em verdade, eu confiava somente em Cristo para a salvação e que uma certeza me foi dada de que Ele havia tirado meus pecados, em verdade meus, e que me havia salvo da lei do pecado e da morte. Comecei a orar com todo meu poder por aqueles que, de uma maneira especial, me haviam perseguido e insultado. Então testifiquei diante de todos os presentes o que, pela primeira vez, sentia em meu coração".

Nos 50 anos seguintes, Wesley pregou em média de três sermões por dia; a maior parte ao ar livre. Houve uma vez que pregou a cerca de 14.000 pessoas. Milhares saíram da miséria e imoralidade e cantaram a nova fé nas palavras dos hinos de Carlos Wesley, irmão de John. Os dois irmãos deram à religião um novo espírito de alegria e piedade.

fonte: Wikipédia http://pt.wikipedia.org/wiki/John_wesley

Resumo da Teologia de Wesley: 

A maior força da doutrina wesleyana da perfeição talvez esteja em sua habilidade de mobilizar os crentes a buscarem um futuro mais perfeito que supere o presente. Ela não está cega as às forças negativas, no entanto não as considera conseqüências inevitáveis do pecado original, mas exatamente aquilo que pode ser vencido.

Wesley ensina que Deus não apenas justifica, mas que o objetivo de Deus é nos criar novamente, transformar-nos, restaurar-nos a saúde e o nosso papel como imagem Sua.
Esta teologia busca o poder criativo e transformador na vida neste mundo. Busca transformação no aqui-e-agora (Hb 6.1)

O alvo é que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo (Ef 4.13). É assim que a criatura deve glorificar o criador.

A Salvação não é apenas a reconciliação com Deus, mas a restauração segundo a imagem de Deus.
Nossa Grande Salvação envolve o processo transformador que visa tanto a superação do pecado como uma vida cheia de amor.

Três fatores indispensáveis na Regeneração: 
a) Graça, que é a iniciativa divina de renovar a criatura e o mundo
b) , a resposta humana à capacitação que reconstitui a imagem relacional
c) Sinergia, a imagem renovada agindo em consonância com o Criador para partilhar seu poder renovador com o mundo.

A salvação não é uma bênção que se encontre apenas do outro lado da morte. As Escrituras colocam no presente: “Sois salvos” (Ef 2.8) Não é uma coisa remota, é algo presente, que tem início neste mundo. Trata-se de toda obra de Deus, desde o primeiro toque da graça até a consumação na glória.

O objetivo de Deus não é meramente nos revestir de uma justiça que permanece exterior a nós mesmos, mas conceder e implantar a justiça de Cristo em nós de tal modo que ela cresça e se expanda.
A justiça do cristão não é de sua própria feitura, não é inerente, mas produto do Espírito de Cristo.
A nova criatura não pode permanecer a mesma!

A humanidade feita à imagem de Deus, como criatura chamada a recebê‑lo, a interagir com ele e a refleti‑lo no mundo, agora pode viver esse chamado por meio da nova relação com Deus, possibilitada por Jesus Cristo e capacitada e levada adiante pelo Espírito transformador.

O que diferencia a teologia de Wesley é sua capacidade de manter unidos, numa associação funcional, dois fatores absolutamente importantes na vida cristã que, muitas vezes, têm estado desassociados: a renovação desta relação (justificação) e a vivência dela (santificação), nenhuma das quais é possível sem a outra.

A aceitação por parte de Deus possibilita uma vida de fé e confiança. O que Wesley acrescentou a essa mensagem foi a boa‑nova de que essa aceitação divina é vivenciável, de que a "graça é perceptível”.

A imagem renovada, é testemunho na sociedade, um reflexo para os outros da própria bondade de Deus, e portanto pode realizar os propósitos, aos quais ele a chama, somente num contexto social.

Vossa própria natureza é dar sabor a tudo quanto vos rodeia. É da natureza do divino sabor que existe em vós expandir-se em tudo quanto tocardes, difundir-se por todos os lados, atingindo a todos aqueles em cujo meio estiverdes.

Esta é a grande razão pela qual a Providência de Deus vos misturou com os outros homens, de modo que as graças, quaisquer que sejam, que de Deus houverdes recebido, possam ser comunicadas através de vós ao demais homens.

Wesley entende que o amor é o supremo alvo do processo de santificação. Quando os céus e a terra tiverem passado, ele permanecerá ainda. Porque só “o amor jamais acaba”.

Gálatas 5.6: “A fé que atua pelo amor” é o comprimento, a largura, a profundidade e a altura da perfeição cristã”. E ele nunca se cansava de lembrar a seus leitores que a perfeição, do modo como a compreendia, não é nada mais nada menos que “amar a Deus de todo o coração e ao próximo como a nós mesmos”.

Amar a Deus envolve “entregar a Ele todo o nosso coração... devotar não uma parte, mas toda a nossa alma, corpo e substância a Deus”. Amar ao próximo envolve ter aquele “mente que houve em Cristo, capacitando-nos a andar como Cristo andou”, partilhando seu espírito na autodoação e no serviço aos outros. Mais uma vez, ele resume “o todo da perfeição bíblica” como “puro amor enchendo o coração e governando todas as palavras e ações”. (Wesley)

Tem sua base na perfeição daquilo que recebemos. O amor de Deus é perfeito. Não há amor mais supremo, mais completo, mais santo e mais doador do que aquele que recebemos do divino Doador. Este amor pe pura graça, e Deus o partilha com aqueles que são chamados a serem a sua imagem. Nós recebemos e participamos deste amor perfeito.

No entanto, como imagem de Deus somos chamados não apenas a receber, mas a refletir esse amor perfeito ao mundo. Compartilhá-lo com nossos semelhantes – e compartilhá-lo perfeitamente, isto é, de forma tal que ele possa ser recebido e apropriado pelos outros como um amor cuja origem é Deus.
Isto significa que a perfeição não é tanto para a pessoa, mas para o cumprimento da vocação à qual somos chamados.

Nossa santificação está associada e voltada à santificação do mundo, e como tal é um projeto sempre sinalizador e nunca acabado, muito embora o amor que redirecionamos seja completo, já que sua origem é divina.

... Este amor deve ser estendido aos nossos inimigos e até mesmos aqueles que julgamos ser inimigos de Deus. Aos inimigos de Deus? mas por que? Porque Deus os ama e seu coração anseia por vencer o seu afastamento. Por isso, para aqueles que são canais do amor de Deus, não há como distanciar dos pecadores porque são exatamente eles que o amor divino está buscando...

... O amor não pode ser apropriado como uma idéia abstrata; ele deve ser encontrado, é preciso haver participação nele...

... Wesley entendia a perfeição em termos do amor, e o amor não pode ser encontrado sem transformar a pessoa que o recebe. Enquanto a justiça pode ser legalmente “imputada” sem ser “concedida”, o amor só pode ser recebido se for concedido e se houver participação nele. Portanto, o amor de Deus transforma inevitavelmente a pessoa que o recebe. Nós nos tornamos “co-participantes da natureza divina” (2 Pe 1.4)... Tal participação os capacita a cumprir o chamado de refletir o amor de Deus no mundo.

A perfeição do amor de Deus é o ponto de partida mais viável para a reinterpretação da doutrina da perfeição hoje. Isso previne contra a preocupação com o eu e com a perfeita impecabilidade que prejudicou algumas interpretações do passado e está mais de acordo com o próprio desejo de Wesley de evitar o termo “perfeição impecável”. E ela nos abre à participação na única fonte genuína de santificação: o amor e a graça do nosso Criador-Redentor.

A “renovação da imagem de Deus” foi, para Wesley, o modo preferido de caracterizar a santificação e serve para descrever tanto a dimensão individual quanto social da salvação. A humanidade renovada à imagem de Deus não apenas se torna uma nova criação, mas é chamada a manifestar ao mundo aquele amor perfeito e assim proclamar e mediar o amor divino e seu poder criador.

A renovação da imagem também torna manifesta a relação entre a justificação, com a obra de Cristo por nós, e a santificação, como a obra do Espírito em nós. Ambas sustentam e possibilitam essa renovação, e a “grande salvação” torna-se genuinamente trinitária.

A renovação da imagem também nos ajuda a explicar como a santificação é um processo que começa com o novo nascimento da regeneração, mas continua em direção à plenitude da perfeição, com possibilidades cada vez maiores de refletir a perfeição do amor divino, expulsando o pecado e renovando a criatura e o mundo.

(Extaído do livro de Theodore Runyon – “A Nova criação – A teologia de João Wesley hoje” – Editeo)

fonte: http://www.metodistalivre.org.br/Artigos/artigos.info.asp?tp=174&sg=0&form_search=&pg=1&id=604

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